quinta-feira, 29 de novembro de 2007

O encontro do Gadareno com o Nazareno

Depois de atravessar o mar da Galiléia, Jesus chegou com seus discípulos à província de Gadara, onde encontrou um homem endemoninhado (Mc.5.1-20; Mt.8.28-34; Lc.8.26-39).
Aquele episódio, entre tantos registrados na Bíblia, nos mostra a existência dos demônios, que são espíritos maus, anjos caídos, que estão na terra com o propósito de prejudicar a humanidade e afrontar Deus. Além de influenciar e oprimir os homens, os espíritos malignos chegam a possuir a mente e o corpo de muitas pessoas. Aquele homem tinha muitos demônios que se identificaram com o nome de “legião”. Assim era chamada uma divisão do exército romano composta por 6000 soldados. Percebe-se que a denominação de uma entidade maligna pode ser ocasional, utilizando uma palavra significativa em dado contexto cultural.
A possessão demoníaca pode acontecer por causa de uma consagração, quando a pessoa é entregue ao espírito mau, ou em caso de “desenvolvimento” mediúnico, culto a espíritos, invocação de mortos, “trabalhos” espirituais, feitiços e magia. Até por brincadeira ou curiosidade, há quem se envolva com as forças das trevas. Quem não tem compromisso com Jesus está exposto a esse risco. A possessão demoníaca pode ser discreta ou evidente. Em suas manifestações extremas, o indivíduo realiza coisas que não faria em seu estado normal, tais como: demonstrar violência e força descomunal, comer carne humana, beber sangue, mudar o semblante e a voz, pronunciar adivinhações, etc.. Há casos, porém, em que os espíritos atormentam sua vítima sem que as pessoas à sua volta notem algo de sobrenatural.
Muitos negam a existência de demônios e atribuem aos problemas mentais quaisquer manifestações desse tipo. Fato é que inúmeras pessoas têm sido libertas pelo nome de Jesus. Se esse nome tem o poder que a bíblia lhe atribui, então também é verídica a possessão demoníaca que a mesma bíblia afirma.
O gadareno vivia nos sepulcros, que eram cavernas. Ali não era lugar para pessoas vivas, mas o Diabo o levou para lá. Nisso percebemos o seu propósito de roubar, matar e destruir (João 10.10). A vida daquele homem estava encerrada, perdida. Estava separado da família, dos amigos e da sociedade. Era um morto-vivo morando no cemitério, sem esperança e sem perspectiva. Assim como Deus tem um plano para o ser humano, Satanás também tem, e aquele homem atingira um estágio avançado da execução dos desígnios diabólicos. Quem não segue a Cristo está caminhando com o inimigo rumo à perdição eterna. Ainda que não esteja possesso, está influenciado e dominado pelo mal, podendo chegar a situações muito piores.
Ninguém podia fazer coisa alguma por aquele homem. Não podiam salvá-lo ou ajudá-lo de alguma forma. Então, tentavam prendê-lo, talvez com a intenção de protegê-lo de si mesmo. Entretanto, os demônios se manifestavam com fúria, despedaçando correntes e cadeias. Ele era incontrolável. Nenhum ser humano tem força para controlar um demônio. O que dizer de milhares? Aquele homem precisava conhecer Jesus.
O possesso vivia perturbado. Era feroz e ameaçador (Mt.8.28). Não tinha descanso. Não conseguia dormir. Andava nu, gritando, dia e noite, enquanto se feria com pedras. O inferno será muito pior do que isso, mas ali estava uma pequena amostra do tormento eterno. Muitas pessoas, mesmo não estando possessas, estão oprimidas pelo Diabo e são descontroladas, inquietas, agitadas, vivem ferindo a si mesmas e aos outros. Precisam de um encontro com Jesus. Os que estão nas mãos de Satanás vão acumulando feridas diversas, numa vida de dor e sofrimento atroz. Cristo é o único que pode lhes trazer libertação e salvação.
O demônio reconheceu Jesus imediatamente e se prostrou para adorá-lo, como fazia quando era um anjo de Deus. Naquele momento, o espírito mau deu o seu testemunho de que Jesus é o Filho de Deus. Algo tão difícil para as pessoas acreditarem e reconhecerem, era fato natural para aquela entidade maligna.
Imediatamente, Jesus expulsou a legião daquele homem. Quando o gadareno encontra o nazareno, tudo muda. Jesus faz o que ninguém mais pode fazer. O endemoninhado não podia libertar a si mesmo da escravidão espiritual. Os outros também não podiam libertá-lo. O Filho de Deus veio trazer liberdade aos cativos, desfazendo as obras do Diabo.
Os demônios tinham grande interesse em ficar naquela província, talvez não pelo lugar em si, mas pelo medo de serem mandados para o abismo, provavelmente uma prisão espiritual,"O TÁRTARO"(Lc.8.31), para onde irão no tempo certo (Mt.8.29). Jesus não demonstrou preocupação em libertar territórios, mas pessoas. Afinal, se eles fossem expulsos daquela região, iriam atormentar os moradores de outros lugares.
Jesus atendeu ao pedido daqueles espíritos, permitindo que eles entrassem nos porcos. Imediatamente, aqueles animais foram precipitados no despenhadeiro, caindo no mar e morrendo afogados. Creio que era isso que os demônios pretendiam fazer ao gadareno. Então, por quê não fizeram? Eles só agem dentro dos limites da permissão divina (Mc.5.13). Além disso, os demônios usavam aquele corpo como casa (Mt.12.43-44) e não iriam destruí-lo tão cedo. O diabo utiliza seus escravos para fazer suas obras malignas neste mundo. Por isso, é útil para ele que suas vidas miseráveis sejam prolongadas por algum tempo.
Depois da libertação, o gadareno parecia outro homem. Foi encontrado assentado, vestido e em perfeito juízo (Mc.5.15). A conversão é o início de uma nova vida, com equilíbrio, sossego, descanso, paz, dignidade, ordem e decência. Além de ter sido liberto, aquele homem foi salvo (Lc.8.36).
Muitas pessoas vieram vê-lo, mas não glorificaram a Deus por sua libertação. O momento era propício ao louvor e às ações de graças, mas houve murmuração. Os demônios adoraram a Jesus, mas o povo não adorou. Muitos ficaram revoltados contra ele por causa da morte dos porcos. Portanto, aquele homem não tinha valor algum para o seu povo. Os porcos eram considerados mais importantes. A perda financeira foi mais sentida do que o ganho humano e espiritual. O materialismo dominava aquela gente. Encontraram Cristo, mas não foram salvos. Resolveram expulsá-lo daquela cidade. Que situação estranha! Jesus expulsou os demônios de um homem e depois foi expulso do lugar. Qual é a nossa atitude para com Jesus? Hoje, da mesma forma, cada pessoa deve tomar a decisão de acolher Jesus ou rejeitá-lo. Ele foi embora, mas os demônios continuaram naquela comunidade. Certamente, procurariam outros seres humanos para serem possuídos.
O gadareno liberto pediu para seguir a Jesus, mas ele não permitiu. Cristo havia atendido a um pedido dos demônios, mas não atendeu à “oração” daquele homem. Por quê? Jesus tinha um propósito para ele naquele lugar. Vemos nisso o amor e a misericórdia para com aquele povo ímpio que rejeitou Jesus. Ele deixou o gadareno ali como “pregador”, dando seu testemunho para todos, começando pela sua casa.Como costumo dizer:"Missões começa em casa"! Agora que estava liberto, poderia retomar a normalidade da sua vida. Sua família também tinha sido abençoada através daquela libertação. Aquele que se converte torna-se bênção para o seu lar e para a sociedade.
Naquele episódio, os discípulos nada fizeram, senão aprender com o Mestre aquilo que deveriam realizar após a sua ascensão. Jesus subiu ao céu, mas encarregou sua igreja de continuar sua obra de libertação. Ele disse: “Em meu nome, expulsarão os demônios” (Mc.16.17). Assim, através de nós, Jesus continua libertando. Aqueles que alcançam a libertação e a salvação saem de uma vida de tormento e começam a usufruir a alegria de Deus em seus corações.


Em Cristo,Leonardo Araújo

quinta-feira, 8 de novembro de 2007

Série:sinais dos tempos/Mensagem:Sonolência Espiritual


"E isto digo,conhecendo o tempo,que é já hora de despertarmos do sono"(Rm 13.11).

Introdução:As escrituras nos apontam a sonolência espiritual como verdadeira ameaça contra a vida espiritual do crente.Por isso veremos hoje quais os modos de evitarmos essa desgraça,que tanto mal faz ao avivamento e despertamento espiritual em meio ao povo de Deus.
I-QUE SIGNIFICA SONOLÊNCIA ESPIRITUAL?
O sono físico representa o estado do corpo em que os sentidos estão temporariamente sem funcionar; assim aquele que dorme não ouve,não fale,não vê,etc.Também no plano espiritual,a sonolência é um estado em que as manifestações e características espirituais não funcionam normalmente.Por tanto,a vida espiritual até existe,mas por causa do sono,o crente não percebe os perigos que cercam nem tão pouco as oportunidades que se encontram a sua frente!Mas o sono é um perigo terrível,pois pode conduzir a morte,Ef 5:14,quantas pessoas não tem morrido por terem cochilado no volante?Na parábola das 10 virgens que adormeceram,vale a penar ressaltar que somente 5 delas foram salvas,por terem óleo suficiente em suas lâmpadas,Mt 25:4-6,10.
II-QUAIS AS CAUSAS DA SONOLÊNCIA ESPIRITUAL?
A Bíblia nos revela qual o modo do diabo nos atacar,para que posssamos nos precaver,2Rs 6:8-10.
1.A desobediência causa sono.Quando Jonas desobedeceu a chamada de Deus,caiu em profundo sono,Jn1:1-10.Esta situação exterior refletia bem o seu estado interior.Aquele que desobedece,perde o poder de Deus,At5.32,e por falta de forças,adormece.Toda desobediência é pecado,1Sm15.22,23 - e significa que abandonamos o caminho da salvação,poís fomos salvos para obedecer,1Pe1.14,e lavados pela "obediência a verdade",1Pe1.22.
2.Companhias sonolentas são contagiosas.Isto é verdade não somente no aspecto físico.A Palavra de Deus diz que as más companhias(más conversações)corrompem os bons costumes,1Co15.33;Pv22.24,25.Mas se nós estivermos cheios de Deus,e permanercermos despertados,poderemos despertar outros,2Co9.2.
Acerca disto,bem cantou o pastor Samuel Nystrom:

"Poder do alto pra ser testemunha,
Foi a promessa qu’Ele nos deixou,
Bem poucos crentes,'stão à Sua espera,
Desconhecendo o que Deus nos legou,
Mas, glória a Deus! Há outros que acordaram
E cheios de poder pentecostal,
Vão despertar os crentes ociosos,
P'ra acharem este dom celestial".
( 3ªestrofe do hino "As testemunhas de Jesus",Harpa Cristã 167).
(Continua...)
Em Cristo,Leonardo Araújo

sexta-feira, 2 de novembro de 2007

O FARISEU E PUBLICANO(Esboço de Sermão)

Texto: Lucas 18.9-14

Introdução: Jesus, vendo a situação da sociedade à sua volta, tocou na essência do problema. As pessoas eram religiosas, praticantes do judaísmo, mas suas relações eram marcadas pelo desprezo, pela falta de amor, compaixão, respeito e consideração, conforme se vê no versículo 9. A religião, portanto, pode produzir resultados contrários ao que dela se espera. As religiões tem feito mais para separar as pessoas do que para uni-las.Para atacar a raiz do problema, Jesus contou uma parábola. Esta era uma forma de denunciar o mal sem citar nomes, sem apontar diretamente para as pessoas presentes. A parábola era um “caso” fictício que levaria os ouvintes à reflexão. Cada um se identificaria com um dos personagens.

I- Dois homens vão ao templo para orar.

Eram aparentemente iguais. Ambos estavam realizando um ato religioso: a oração.Assim como Caim e Abel trouxeram ofertas a Deus, embora fossem muito diferentes um do outro.Vendo uma multidão que se dirige ao culto, talvez consideremos todos iguais, dignos de serem congratulados por seus atos.
.Uma pessoa mal informada, valorizaria os 2 homens da mesma forma, pelo simples fato de irem ao templo orar.

.Uma pessoa bem informada, sabendo quem eram o fariseu e o publicano, valorizaria o primeiro e desprezaria o segundo.

O fariseu era um religioso, membro de uma seita judaica, zeloso pela lei de Moisés e pelo cumprimento das tradições.

O publicano era um cobrador de impostos, um judeu que recolhia tributos dos judeus para entregar aos romanos. Era considerado um traidor, a escória da sociedade, desprezado e rejeitado.

Do ponto de vista humano, as pessoas são valorizadas ou não, dependendo de suas posições sociais ou religiosas, sua reputação, seus rótulos pejorativos ou títulos honoríficos. Daí vem os preconceitos e as generalizações.

.Deus, sendo onisciente, valorizava os dois de igual modo, mas não pelos atos religiosos em si, pois ele não se engana pelas aparências.

Apesar de valorizar os dois, Deus reprovaria um deles.As portas do templo estavam abertas ao fariseu e ao publicano.Deus valoriza a todos, recebe a todos, mas deseja que tenhamos a atitude correta em sua presença.

II- As duas orações

Temos a tendência de valorizar os atos religiosos, como se fossem um fim em si mesmos. Se oramos durante apenas 2 horas por dia, já ficamos satisfeitos.(E olha que há alguns que nem isso oram...)Entretanto, não basta orar. É preciso saber porquê oramos, o quê dizemos em nossas orações e qual é o seu resultado.

. A oração do orgulho.

O fariseu fez apenas um relatório de sua vida religiosa. O problema estava na motivação. Por trás da oração havia: mero costume religioso, orgulho, soberba, presunção, egoísmo, auto-confiança, além de toda a atitude negativa contra o publicano que ali estava.Apesar disso, o fariseu tinha muitas qualidades, conforme ele mesmo propagava. Jesus não disse que aquele homem estivesse mentindo. Era tudo verdade (18.11-12). Ele evitava alguns pecados e fazia algumas coisas boas. Porém, o pecado do orgulho e da falta de amor ao próximo passou-lhe despercebido. Observe a sutileza da iniquidade. Evitamos o que é considerado grande e escandaloso, mas cultivamos males interiores, embora igualmente mortíferos.Sua auto-imagem (algo tão valorizado atualmente) era a melhor possível, mas não correspondia à forma como Deus o via.O fariseu estava muito satisfeito consigo mesmo porque se comparava ao publicano e aos piores homens da sociedade. Ele não tinha em vista o padrão divino. Sua noção de justiça própria se alimentava da observação da injustiça alheia. Se, de outro modo, nos compararmos ao Senhor Jesus, sempre teremos algo para reconhecer, confessar e mudar. Nunca seremos arrogantes ou jactanciosos.Em sua oração, o fariseu agradecia, não pelas obras de Deus, mas por suas próprias obras.Em sua oração, o fariseu citou o publicano, não para interceder por ele, mas para acusá-lo.Perdeu, portanto, uma grande oportunidade de orar bem. Deus estava ali para ouvi-lo, mas ele só disse bobagens.

- A oração da humildade e do arrependimento

O publicano tinha consciência do seu pecado. Isto é fundamental para que haja perdão. Sua auto-imagem era ruim, porém realista. Ele se humilhou diante de Deus, pedindo misericórdia. Tal atitude agradou o coração do Senhor.

- O resultado da oração

A oração do fariseu não obteve resposta porque ele não perguntou nada nem pediu coisa alguma, mas apenas teceu elogios a si mesmo. Eis o exemplo de uma oração absolutamente inútil. Dessa forma, muitos fariseus freqüentavam o templo em vão durante toda a vida.A oração do publicano obteve resposta, resultado. Ele foi justificado e perdoado por Deus. Sua oração provocou uma ação divina a seu favor.

Conclusão:

- Mais vale um pecador arrependido do que um justo orgulhoso.

- O fariseu era um “falso justo” (18.9). O publicano se tornou justo de fato, pois foi “justificado” por Deus.

- Deus está pronto a perdoar. E nós? Estamos prontos para reconhecer o pecado e perdir perdão?

- Jesus é o observador onipresente. Ele vê quem está no templo, o que está fazendo, sua intenção, seu caráter, etc.

- O publicano voltou para casa justificado. O fariseu voltou da mesma forma como saiu, embora estivesse satisfeito por ter cumprido sua obrigação religiosa. Como você voltará para casa hoje?

Em Cristo,Leonardo Araújo

Sansão e Dalila ( Esboço de Sermão)

Texto-base: Juízes 13.1-5, 24-25.

Introdução

Sansão foi um dos mais importantes servos de Deus no Velho Testamento. Sua história traz várias lições para os cristãos da atualidade, principalmente os líderes.

1- O Senhor escolheu Sansão - Vocação, consagração e missão – Jz.13.5.

Sansão foi escolhido e consagrado ao Senhor para realizar a missão de libertar Israel das mãos dos filisteus. Ele se tornou juiz e deveria ter sido um grande libertador.

2- O Senhor capacitou Sansão - Bênção e unção - Jz.13.24-25.

Ele foi abençoado e ungido com o Espírito Santo. Como conseqüência, possuía uma força física descomunal. Sua força não estava em seus cabelos, mas o corte seria desobediência, e por causa disso ele ficaria fraco. Todos os nazireus tinham cabelos compridos, mas não eram fortes como Sansão.

3- O Senhor estabeleceu regras – Jz.13.5.

Sansão deveria obedecer as leis do nazireado (Nm.6). O nazireu devia ser mais puro que o israelita comum. Ele não podia beber vinho nem cortar os cabelos. Ele não podia tocar em cadáveres nem se aproximar deles, mesmo que fosse de sua mãe. Se sua missão é especial, você deve ser especial, e isto pode exigir sacrifícios.

4- Sansão teve vitórias e experiências extraordinárias.

Ele matou um leão (Jz.14.5-6); matou 30 homens (Jz.14.19); matou 1000 homens (Jz.15.15); Deus fez sair água da rocha para ele (Jz.15.19).

5- Sansão quebrou as regras divinas.

Vitórias e transgressões se intercalavam em sua vida.

6- Sansão andou muito no território do inimigo, vivendo perigosamente, com emoções e riscos desnecessários.

-Ele poderia ter ido lá para destruir o inimigo, mas ia para se confraternizar com eles.

- Ele se casou com uma filistéia, contrariando seus pais (Jz.14.1-3). Deus permitiu, mas as conseqüências foram ruins. Através dela os inimigos se aproximaram de Sansão para destruí-lo.
Ele escapou, mas perdeu a mulher.

- Ele se envolveu com uma prostituta filistéia (Jz.16.1). Os inimigos o cercaram, mas ele escapou novamente.

- Ele se envolveu com Dalila (Jz.16.4). Os inimigos se escondiam dentro da casa dela (Jz.16.9). Com quem estamos nos envolvendo? A pessoa tem compromisso com Deus ou está com o Diabo dentro de casa?

- Naquele relacionamento pecaminoso, por três vezes ele foi preso, mas escapou ileso (Jz.16.9,12,14). Por isso, concluímos que Sansão:

.Fez “pouco caso” dos inimigos.
.Tornou-se auto-confiante.
.Achou que sempre escaparia, mesmo pecando.
.Estava servindo como “cobaia” para os testes de estratégia dos inimigos.

- O amor foi usado como pretexto para o pecado e como argumento de chantagem (Jz.16.15-17). Satanás continua fazendo isso hoje com grande eficiência. O “amor” tem sido pretexto para a prostituição, o adultério, a poligamia, o divórcio, o homossexualismo, etc. Paixão e desejo são confundidos com amor.

- Os inimigos não eram mais fortes do que Sansão, mas eram astutos (Ef.6.11-18). Satanás e os demônios não nos enfrentam diretamente, mas não param de trabalhar nos bastidores para a nossa destruição.

- Sansão pretendia que seu envolvimento com Dalila fosse algo momentâneo, mas ficou eternamente vinculado a ela. Prazeres passageiros podem ter conseqüências eternas. "Onde quer que alguém mencione Sansão, lembrar-se-á também de Dalila"!

- Sansão dormiu no território do inimigo (Jz.16.13,19). O repouso de Sansão era sinal de sua tranqüilidade irresponsável. Ele não vigiou (em todos os sentidos do termo). Ficou acomodado em seu estado pecaminoso. “Não durmamos como os demais” (ITss.5.6), pois “o inimigo” não dorme.

7- Sansão foi derrotado.

- Ele não podia ser destruído por 1000 homens, mas foi derrotado por uma mulher. Enfrentava a espada, mas foi vencido por uma navalha. A prostituição e o adultério já derrubaram muitos homens. Ele foi preso, cegado, humilhado e escravizado. Este é o plano de Satanás para todo homem. Sansão serviu de palhaço no templo de Dagom.

8- Sua morte.

Para que o nome de Deus não fosse envergonhado, o Senhor lhe concedeu um último momento de força, com a qual abraçou as colunas do templo, trazendo-o abaixo. Inúmeros inimigos morreram, mas Sansão também morreu. A misericórdia do Senhor o alcançou no último momento de vida, mas sua história poderia ter sido outra.

Conclusão

Nós também somos chamados, escolhidos, abençoados e ungidos. Temos uma missão e muitos inimigos espirituais. Precisamos vigiar, pois o inimigo está sempre nos vigiando. O Senhor quer nos usar para que muitas pessoas sejam libertas. Não nos deixemos prender pelos inimigos que combatemos. Por mais fortes que sejamos, Satanás sempre atacará nossos pontos fracos.
Qual é o seu ponto fraco?
Cuidado com a navalha do inimigo!!!

Em Cristo,Leonardo Araújo

Resoluções de Jonathan Edwards (1722-1723)


Estando ciente de que sou incapaz de fazer qualquer coisa sem a ajuda de Deus, humildemente Lhe rogo que, através de Sua graça, me capacite a cumprir fielmente estas resoluções, enquanto elas estiverem dentro da Sua vontade, em nome de Jesus Cristo.

Lembra de ler estas resoluções uma vez por semana.

  1. Resolvi que farei tudo aquilo que seja para a maior glória de Deus e para o meu próprio bem, proveito e agrado, durante todo tempo de minha peregrinação, sem nunca levar em consideração o tempo que isso exigirá de mim, seja agora ou pela eternidade fora.
  2. Resolvi que farei tudo o que sentir ser o meu dever e que traga benefícios para a humanidade em geral, não importando quantas ou quão grandes sejam as dificuldades que venha a enfrentar.
  3. Resolvi permanecer na busca contínua de novas maneiras para poder promover as resoluções acima mencionadas.
  4. Resolvi arrepender-me, caso eu um dia me torne menos responsável no tocante a estas resoluções, negligenciando uma ínfima parte de qualquer uma delas e confessar cada falha individualmente assim que cair em mim.
  5. Resolvi, também, nunca negar alguma maneira ou coisa difícil, seja no corpo ou na alma, menos ou mais, que leve à glorificação de Deus; também não sofrê-la se tiver como evitá-la.
  6. Resolvi jamais desperdiçar um só momento do meu tempo; pelo contrário, sempre buscarei formas de torná-lo o mais proveitoso possível.
  7. Resolvi viver usando todas minhas forças enquanto viver.
  8. Resolvi jamais fazer alguma coisa que eu não faria, se soubesse que estava vivendo a última hora da minha vida.
  9. Resolvi ser a todos os níveis, tanto no falar como no fazer, como se não houvesse ninguém mais vil que eu sobre a terra, como se eu próprio houvesse cometido esses mesmos pecados ou apenas sofresse das mesmas debilidades e falhas que todos os outros; também nunca permitirei que o tomar conhecimento dos pecados dos outros me venha trazer algo mais que vergonha sobre mim mesmo e uma oportunidade de poder confessar meus próprios pecados e miséria a Deus.
  10. Resolvi pensar e meditar bastante e em todas as ocasiões sobre minha própria morte e sobre circunstâncias relacionadas com a morte.
  11. Resolvi, sempre que experimentar e sentir dor, relacioná-la com as dores do martírio e também com as do inferno.
  12. Resolvi que sempre que pense em qualquer enigma sobre a salvação, fazer de tudo imediatamente para resolvê-lo e entendê-lo, caso nenhuma circunstância me impeça de fazê-lo.
  13. Resolvi, assim que sentir um mínimo de gratificação ou deleite de orgulho ou de vaidade, eliminá-lo de imediato.
  14. Resolvi nunca cessar de buscar objectos precisos para minha caridade e liberalidade.
  15. Resolvi nunca fazer algo em forma de vingança.
  16. Resolvi nunca sofrer nenhuma das mais pequenas manifestações de ira vinda de seres irracionais.
  17. Resolvi nunca falar mal de ninguém, de forma tal que afete a honra da pessoa em questão, nem para mais nem para menos honra, sob nenhum pretexto ou circunstância, a não ser que possa promover algum bem e que possa trazer um real benefício.
  18. Resolvi viver de tal forma como se estivesse sempre vivendo o meu último suspiro.
  19. Resolvi viver de tal forma, em todo o tempo, como vivo dentro dos meus melhores padrões de santidade privada e daqueles momentos que tenho maior clarividência sobre o conteúdo de todo o evangelho e percepção do mundo vindouro.
  20. Resolvi nunca fazer algo de que tenha receio de fazer uma hora antes de soar a última trombeta.
  21. Resolvi manter a mais restrita temperança em tudo que como e tudo quanto bebo.
  22. Resolvi nunca fazer algo que possa ser contado como justa ocasião para desprezar ou mesmo pensar mal de alguém de quem se me aperceba algum mal. (Resoluções 1 a 21 foram escritas em New Haven em 1722)
  23. Resolvi esforçar-me para obter para mim mesmo todo bem possível do mundo vindouro, tudo quanto me seja possível alcançar de lá, com todo meu vigor em Deus – poder, vigor, veemência, violência interior mesmo, tudo quanto me seja possível aplicar e admoestar sobre mim de qualquer maneira que me seja possível pensar e aperceber-me.
  24. Resolvi tomar ação deliberada e imediata sempre que me aperceber que possa ser tomada para a glória de Deus e que possa devolver a Deus Sua intenção original sobre nós, Seu desígnio inicial e Sua finalidade. Caso eu descubra, também, que em nada servirá a glória de Deus exclusivamente, repudiarei tal coisa e a terei como uma evidente quebra da quarta resolução.
  25. Resolvi que, sempre que encetar e cair por um caminho de concupiscência e mau, voltar atrás e achar sua origem em mim, tudo quanto origina em mim tal coisa. Depois, encetar por uma via cuidadosa e precisa de nunca mais tornar a fazer o mesmo e de orar e lutar de joelhos e com todas as minhas forças contra as origens de tais ocorrências.
  26. Resolvi examinar sempre cuidadosamente e de forma constante e precisa, qual a coisa em mim que causa a mínima dúvida sobre o verdadeiro amor de Deus para direcionar todas as minhas fortalezas contra tal origem.
  27. Resolvi abater tais coisas, a medida que as veja abatendo minha segurança.
  28. Resolvi nunca omitir nada de livre vontade, a menos que essa omissão traga glória a Deus; irei, então e com frequência, rever todas as minhas omissões.
  29. Resolvi estudar as Escrituras de tal modo firme, preciso, constante e frequente que me seja tornado possível e que me aperceba em mim mesmo de que estou crescendo no conhecimento real das mesmas.
  30. Resolvi nunca ter como uma oração ou petição, nem permitir que passe por oração, algo que seja feito de tal maneira ou sob tais circunstâncias que me possam privar de esperar que Deus me atenda. Também não aceitarei como confissão algo que Deus não possa aceitar como tal.
  31. Resolvi extenuar-me e esforçar-me ao máximo de minha capacidade real para, a cada semana, ser levado a um patamar mais real de meu exercício religioso, um patamar mais elevado de graça e aceitação em Deus, do que tive na semana anterior.
  32. Resolvi nunca dizer nada que seja contra alguém, exceto quando tal coisa se ache de pleno acordo com a mais elevada honorabilidade evangélica e amor de Deus para com a sua humanidade, também de pleno acordo com o grau mais elevado de humildade e sensibilidade sobre meus próprios erros e falhas e de pleno acordo àquela regra de ouro celestial; e, sempre que disser qualquer coisa contra alguém, colocar isso mesmo mediante a luz desta resolução convictamente.
  33. Resolvi que deverei ser estrita e firmemente fiel à minha confiança, de forma que o provérbio 20:6 “ Mas, o homem fiel, quem o achará? ” não se torne nem mesmo parcialmente verdadeiro a meu respeito.
  34. Resolvi, fazer tudo que poderei fazer para tornar a paz acessível, possível de manter, de estabelecer, sempre que tal coisa nunca possa interferir ou inferir contra outros valores maiores e de aspectos mais relevantes. 26 de Dezembro de 1722
  35. Resolvi nada falar que não seja inquestionavelmente verídico e realmente verdadeiro em mim.
  36. Resolvi que, sempre que me puser a questionar se cumpri todo meu dever, de tal forma que minha serenidade e paz de espírito sejam ligeiramente perturbadas através de tal procedimento, colocá-lo diante de Deus e depois verificar como tal problema foi resolvido. 18 de Dezembro 1722
  37. Resolvi nunca dizer nada de mal sobre ninguém que seja, a menos que algum bem particular nasça disso mesmo. 19 de Dezembro de 1722
  38. Resolvi inquirir todas as noites, ao deitar-me, onde e em quais circunstancias fui negligente, que atos cometi e onde me pude negar a mim mesmo. Também farei o mesmo no fim de cada ano, mês e semana. 22 e 26 de Dezembro de 1722
  39. Resolvi nunca mais dizer nada, nem falar, sobre algo que seja ridículo, esportivo ou questão de zombaria no dia do Senhor. Noite de Sábado, 23 de Dezembro de 1722
  40. Resolvi nunca fazer algo que possa questionar sobre sua lealdade e conformidade à lei de Deus, para que eu possa mais tarde verificar por mim se tal coisa me é lícito fazer ou não. A menos que a omissão de questionar me seja tornada lícita.
  41. Resolvi inquirir cada noite de minha existência, antes de adormecer, se fiz as coisas da maneira mais aceitável que eu poderia ter feito, em relação a comer e beber. 7 de Janeiro de 1723
  42. Resolvi inquirir de mim mesmo no final de cada dia, de cada semana, mês e ano, onde e em que áreas poderia haver feito melhor e mais eficazmente. 11 de Janeiro 1723
  43. Resolvi que, com frequência renovarei minha dedicação de mim mesmo a Deus, o mesmo voto que fiz em meu bptismo, o qual recebi quando fui recebido na comunhão da igreja e o qual reassumo solenemente neste dia 12 de Janeiro, 1722-23.
  44. Resolvi que a partir daqui, até que eu morra, nunca mais agirei como se me pertencesse a mim mesmo de algum modo, mas inteiramente e sobejamente pertencente a Deus, como se cada momento de minha vida fosse um normal dia de culto a Deus. Sábado, 12 de Janeiro de 1723.
  45. Resolvi que nenhuma área desta vida terá qualquer influencia sobre qualquer de minhas ações; apenas a área da vivência para Deus. E que, também, nenhuma ação ou circunstância que seja distinta da religião seja a que me leve a concretizar. 12 de Janeiro de 1723
  46. Resolvi também que nenhum prazer ou deleite, dor, alegria ou tristeza, nenhuma afeição natural, nem nenhuma das suas circunstâncias co-relacionadas, me seja permitido a não ser aquilo que promova a piedade. 12 e 13 de Janeiro e 1723
  47. Resolvi nunca mais permitir qualquer medida de qualquer forma de inquietude e falta de vontade diante de minha mãe e pai. Resolvi nunca mais sofrer qualquer de seus efeitos de vergonha, muito menos alterações de minha voz, motivos e movimentos de meu olhar e de ser especialmente vigilante acerca dessas coisas quando relacionadas com alguém de minha família.
  48. Resolvido a encetar tudo ao meu alcance para me negar tudo quanto não seja simplesmente disposto e de acordo com uma paz benévola, universalmente doce e meiga, repleta de quietude, hábil, contente e satisfeita em si mesma, generosa, real, verdadeira, simples e fácil, cheia de compaixão, industriosa e empreendedora, cheia de caridade real, equilibrada, que perdoa, formulada por um temperamento sincero e transparente; e também farei tudo quanto tal temperança e temperamento me levar a fazer. Examinarei e serei severo e acutilante nesse exame cada semana se por acaso assim fiz e pude fazer. Sábado de manhã, 5 Maio de 1723
  49. Resolvi a, constantemente e através da mais acutilante beleza de caráter, empreender num escrutínio e exame minucioso e muito severo, para constatar e olhar qual o estado real de toda a minha alma, verificando por mim mesmo se realmente mantenho um interesse genuíno e real por Cristo ou não; e que, quando eu morrer não tenha nada de que me arrepender a respeito de negligências deste tipo. 26 de Maio de 1723
  50. Resolvi a que tal coisa (de não ter afeto por Cristo) nunca aconteça, se eu a puder evitar de alguma maneira.
  51. Resolvi que, sempre agirei de tal maneira, que julgarei e pensarei como o faria dentro do mundo vindouro apenas. 5 de Julho de 1723
  52. Resolvi que, agirei de tal forma em todos os sentidos, como iria desejar haver feito quando me achasse numa situação de condenação eterna. 8 de Julho de 1723
  53. Eu, com muita frequência, ouço pessoas duma certa idade avançada falarem como iriam viver suas vidas de novo caso lhes fosse dada uma segunda oportunidade de a tornarem a viver. Eu resolvi viver minha vida agora e já, tal qual eu fosse desejar vivê-la caso me achasse em situação de desejar vivê-la de novo, como eles, caso eu chegue a uma sua idade avançada como a sua. 8 de Julho de 1723
  54. Resolvi apetrechar e aprimorar cada oportunidade, sempre que me possa achar num estado de espírito sadio e alegremente realizado, para me atirar sobre o Senhor Jesus numa reentrega também, para confiar nEle, consagrando-me a mim mesmo inteiramente a Ele também nesse estado de espírito; que a partir dali eu possa experimentar que estou seguro e assegurado, sabendo que persisto a confiar no meu Redentor mesmo assim. 8 de Julho de 1723
  55. Sempre que ouvir falar algo sobre alguém que seja digno de louvor e dignificante e o possa ser em mim também, resolvi tudo encetar para conseguir o mesmo em mim e por mim. 8 de Julho de 1723
  56. Resolvi tudo fazer como o faria caso já tivesse experimentado toda a felicidade celestial e todos os tormentos do inferno. 8 de Julho de 1723
  57. Resolvi nunca desistir de vencer por completo qualquer de minhas veleidades corruptas que ainda possam existir, nem nunca tornar-me permissivo em relação ao mínimo de suas aparências e sinais, nem tão pouco me desmotivar em nada caso me ache numa senda de falta de sucesso nessa mesma luta.
  58. Resolvi que, quando eu temer adversidades ou maus momentos, irei examinar-me e ver se tal não se deve a: não ter cumprido todo meu dever e cumprir a partir de então; e permitir que tudo o mais em minha vida seja providencial para que eu possa apenas estar e permanecer inteiramente absorvido e envolvido com meu dever e meu pecado diante de Deus e dos homens. 9 de Junho e 13 de Julho de 1723
  59. Resolvi a não apenas extinguir nem que seja algum leve ar de antipatia, simpatia fingida que encobre meu estado de espírito, impaciência em conversação, mas também e antes poder exprimir um verdadeiro estado de amor, alegria e bondade em todos os meus aspectos de vida e conversação. 27 de Maio e 13 de Julho de 1723
  60. Resolvi que, sempre que me achar consciente de provocações de má natureza e de mau espírito, que me esforçarei para antes evidenciar o oposto disso mesmo, em boa natureza e maneira; sim, que em tempos tal qual esses, manifestar a boa natureza de Deus, achando, no entanto, que em algumas circunstâncias tal comportamento me traga desvantagens e que, também, em algumas outras circunstâncias, seja mesmo imprudente agir assim. 12 de Maio, 2 e 13 de Julho
  61. Resolvi que, sempre que meus próprios sentimentos comecem a comparecer minimamente desordenados, sempre que me tornar consciente da mais ligeira inquietude interior, ou a mínima irregularidade exterior, me submeterei de pronto à mais estrita e minuciosa examinação e avaliação pessoal. 4 e 13 de Julho de 1723.
  62. Resolvi que a falta de predisposição nunca me torne relaxado nas coisas de Deus e que nunca consiga retirar minha atenção total de estar plenamente fixada e afixada só em Deus, exista a desculpa que existir para me tentar; tudo que a fala de predisposição me instiga a fazer, abre-me o caminho do oposto para fazer. 21 de Maio e 13 de Julho de 1723
  63. Resolvi a nunca fazer nada a não ser como dever; e, depois, de acordo com Efésios 6:6-8, fazer tudo voluntariosamente e alegremente como que para o Senhor e nunca para homem; “ Sabendo que cada um, seja escravo, seja livre, receberá do Senhor todo bem que fizer”. 25 de Junho e 13 de Julho 1723
  64. Supondo que nunca existiu nenhum indivíduo neste mundo, em nenhuma época do tempo, que nunca haja vivido uma vida cristã perfeita em todos os níveis e possibilidades, tendo o Cristianismo sempre brilhante em todo o seu esplendor, e parecendo excelente e amável, mesmo sendo essa vida observada de qualquer ângulo possível e sob qualquer pressão, eu resolvi agir como se pudesse viver essa mesma vida, mesmo que tenha de me esforçar no máximo de todas as minhas capacidades inerentes e mesmo que fosse o único em meu tempo. 14 De Janeiro e 3 de Julho de 1723
  65. Resolvi que quando experimentar em mim aqueles “gemidos inexprimíveis”, Romanos 8:26, os quais o Apóstolo menciona e dos quais o Salmista descreve como, “ A minha alma se consome de anelos por tuas ordenanças a todo o tempo ”, Salmos 119:20, que os promoverei também com todo vigor existente em mim e que não me “cansarei” (Isaías 40:31) no esforço de dar expressão a meus desejos tornados profundos nem me cansarei de repetir esses mesmos pedidos e gemidos em mim, nem de o fazer numa seriedade contínua. 23 De Julho e 10 de Agosto de 1723
  66. Resolvi que, me tornarei exercitado em mim mesmo durante toda a minha vida, com toda a franqueza que é possível, a sempre declarar meus caminhos a Deus e abrir toda a minha alma a Ele: todos os meus pecados, tentações, dificuldades, tristezas, medos, esperanças, desejos e toda outra coisa sob qualquer circunstância. Tal como o Dr. Manton diz em seu sermão nr.27, baseado no Salmo 119. 26 De Julho e 10 de Agosto, 1723
  67. Resolvi que, sempre me esforçarei para manter e revelar todo o lado benigno de todo semblante e modo de falar em todas as circunstâncias de toda a minha vida e em qualquer tipo de companhia, a menos que o dever de ser diferente exija de mim que seja de outra maneira.
  68. Resolvi que, depois de situações aflitivas, avaliarei em que aspectos me tornei diferente por elas, em quais aspectos melhorei meu ser e que bem me adveio através dessas mesmas situações.
  69. Resolvi confessar abertamente tudo aquilo em que me acho enfermo ou em pecado e também confessar todos os casos abertamente diante de Deus e implorar a necessária condescendência e ajuda dele até nos aspectos religiosos. 23 de Julho e 10 de Agosto de 1723
  70. Resolvi fazer tudo aquilo que, vendo outros fazerem, eu possa haver desejado ter sido eu a fazê-lo. 11 de Agosto de 1723
  71. Que haja sempre algo de benevolente toda vez que eu fale. 17 De Agosto, 1723
Apesar da sua biografia apresentar contrastes dramáticos, estas são, na realidade, apenas algumas facetas diferentes de uma afinidade com um Deus SOBERANO. Assim, Jonathan Edwards tanto pregava sermões vívidos sobre o fogo do inferno, quanto se expressava em poesia e de forma lírica em suas apreciações sobre a natureza, pois o Deus que criou o mundo em toda a sua beleza, também é perfeito em sua santidade.

Edwards combinava o exercício mental e intelectual de um gigante com piedade quase infantil, pois ele percebia Deus tanto como infinitamente complexo quanto como maravilhosamente simples. Na sua igreja em Northampton, sua consistente exaltação da majestade divina gerou muitas reacções diferentes — primeiro ele foi exaltado como grande líder e, em seguida, foi demitido do seu púlpito. Edwards sustentava a doutrina de que o Deus onipotente exigia arrependimento e fé das suas criaturas humanas; por isso, ele proclamava tanto a absoluta soberania de Deus quanto as urgentes responsabilidades dos homens.
. . .© Copyright Leonardo Araújo - /2008. . .

JONAS - UMA CHAMADA PARA NÍNIVE E UM BARCO PARA TÁRSIS(Esboço de Sermão)

Texto: Jonas 1.1 a 2.10

Introdução: Deus mandou que Jonas fosse à cidade de Nínive, mas ele fugiu em direção a Társis. No meio da viagem, uma tempestade colocou em risco o navio e todos os que nele estavam. Jonas confessou ser ele a causa de todo aquele mal. Os marinheiros então o lançaram ao mar e, vindo um grande peixe, o engoliu.

1- Jonas foi chamado por Deus, mas não atendeu.

Muitas pessoas são chamadas por Deus, mas preferem andar sozinhas, seguindo seu próprio caminho, sua própria vontade.
Jonas recebeu uma chamada para Nínive mas rumava em direção a Társis.Ele estava tentando fugir de seu chamado e da presença de Deus .Alguns historiadores atuais acreditam que a cidade de Társis mencionada neste texto é uma região na atual Espanha,outros porém,defendem a idéia de que Társis era um ponto geográfico um pouco mais distante,na realidade,dizem estes estudiosos que a cidade marítima de Társis,era o último porto do mundo conhecido,ou seja,Jonas não procurou apenas fugir da presença de Deus,ele estava disposto a ir ao fim do mundo!
Quantas vezes em nossas vidas não nos sentimos como o profeta Jonas,o nosso único desejo é "sumir do mapa",ir para "o último lugar da terra","jogar tudo pelo ar",no caso de Jonas a "válvula de escape" foi pegar um navio para Társis...

2- Deus enviou um vento e uma tempestade (Jn.1.4), mas Jonas não atentou para isso.

Deus permite grandes dificuldades em nossas vidas,muitas delas são sinais da parte de Deus para nos avisar acerca de algo. Há momentos em que Ele mesmo é quem sacode o nosso barco.Contudo isto não e motivo para desespero,o profeta Naum escreveu em seu livro que "o SENHOR tem o seu caminho na tormenta e na tempestade"(Na 1.3).
Portanto,não obstante as adversidades e provações permitidas pelo Senhor em nossas vidas,precisamos é entender que "todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito"(Rm8.28).Só assim poderemos aceitar nosso chamado e então cantar como a irmã Frida Vingren*:
"Se Cristo comigo vai, eu irei e não temerei, com gozo irei
Comigo vai, e grato servir a Jesus, levar a cruz
Se Cristo comigo vai, eu irei."
(Estribilho do hino "Se Cristo comigo vai",Harpa Cristã 515).

3- Jonas dormiu.

Quanto estrago tem causado o sono em meio ao povo de Deus,muitos tem dormido o sono da indiferença, usufruindo dos prazeres passageiros de uma vida pecaminosa, contudo a vida sem Cristo não é uma viagem segura para ninguém.Como alguém já disse:"Se está difícil com Ele,imagine sem Ele!"

4- O clamor aos deuses (Jn.1.5) e o esforço humano (Jn.1.13) não resolveram o problema.

O que mais me doe no texto em análise e ver os marinheiros do navio em meio aquela terrível tempestade,cada um clamando a seu deus(deuses estes que não podem salvar),enquanto Jonas,que conhecia ao Deus único e verdadeiro,dormia no porão.
Amado irmão em Cristo,você tem noção de quantas almas partem para a eternidade sem Cristo,enquanto eu e você dormimos apáticos e anestesiados no porão do navio?São multidões e multidões!E estas,ainda que inconscientemente,estão sendo tragadas pelo mar do pecado e caindo no abismo da perdição eterna!São vidas que estão andando errantes por caminhos tortuosos e escabrosos,os quais os levam a todos os lugares menos ao céu!
Costumo dizer durante as minhas pregações evangelísticas que :"todo caminho leva à Roma,porém só um caminho leva ao céu"!E nós que somos salvos sabemos muito bem que caminho é este;contudo se ainda há duvidas..."Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai a não ser por mim"(Jo 14.6).
Ei!Psiu!agora quero falar com você querido leitor que ainda não fez uma confissão pública de Cristo(ou seja,ainda não aceitou a Jesus publicamente),lembre-se de que a idolatria, a feitiçaria e o ocultismo não trarão soluções a tempestades da sua vida.Muitas vezes nem mesmo a sua capacidade humana é eficiente.Como alguém já cantou:"Tem coisas que só Jesus faz..."

5- Deus enviou um peixe para engolir Jonas.

Apesar de toda aquela tempestade, Jonas não clamou ao Senhor (Jn.1.5-6). A situação então piorou. Jonas foi ao "fundo do poço", ao fundo do abismo,segundo ele mesmo testificou. O objetivo de Deus não era destruir a vida de Jonas, mas corrigir o seu erro.É lamentável sabermos que existem pessoas em nosso meio que só obedecem ao Senhor em meio a adversidade,Deus só encontra liberdade em suas vidas no tempo da adversidade.Estes só reconhecem a necessidade de buscar a presença divina quando o negócio fica "estreito".
Que Deus nos ensine a servi-lo independentes das situações que nos cercam,sejam elas boas ou más.

6- Jonas clamou ao Senhor (Jn.2.7).

“Todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo” (Joel 2.32.).
Aqui está o segredo da vitória,reconhecer a nossa incapacidade e prostrar-se contrito ante os pés do único Salvador,a saber Jesus Cristo.Quando tudo parece perdido,quando a derrota é inevitável,quando todas as esperanças se desvanecem,e as lágrimas já não existem mais..."É aí que Jesus aparece..."

7- Deus respondeu e livrou a alma de Jonas (Jn.2.10).

Quando entramos na presença do Senhor com sinceridade e humildade,reconhecendo que nada podemos fazer sem Ele,entra então em cena o grande livramento da parte dos céus.

Conclusão: Clame ao Senhor antes que seja tarde de mais, antes que tudo piore e creia que do Senhor vem a solução, a cura, a libertação e a acima de tudo a salvação eterna.

. . .© Copyright Leonardo Araújo - /2008. . .
--------------------------------------------------------------------
Nota.:Frida Vingren*(veja foto abaixo á direita),
Nasceu em Junho de 1891, no norte da Suécia, Frida Strandberg era de uma família de crentes luteranos. Formou-se em Enfermagem chegando a ser chefe da enfermaria do hospital onde trabalhava.
Tornou-se membro da Igreja Filadélfia de Estocolmo, onde foi batizada nas águas pelo pastor Lewi Pethrus, em 24 de janeiro de 1917. Pouco depois recebeu o batismo no Espírito Santo e O dom de profecia.
O chamado para a obra missionária sempre a impulsionou. Nessa época, surgiu na Suécia um movimento por missões, onde muitos jovens estavam imbuídos do desejo de ganhar almas para Cristo. Após comunicar ao pastor Pethrus que o Senhor a chamara para o campo missionário brasileiro, Frida ingressou em um Instituto Bíblico na cidade de Götabro, província de Närkre. O curso era frequentado por pessoas que já tinham o chamado para missões e por aqueles que tinham apenas vocação missionária.
Frida veio para o Brasil no ano de 1917, enviada pela igreja sueca e obedecendo ao chamado de Deus.
Em uma das visitas de Gunnar Vingren à Suécia devido ao seu debilitado estado de saúde, ele conheceu Frida, com quem travou forte amizade. Frida casou-se com o pastor Gunnar Vingren (fundador das Assembléias de Deus no Brasil) em 16 de Outubro de 1917 em Belém do Pará, numa cerimônia presidida pelo missionário Samuel Nyström. O casal teve seis filhos: Ivar, Rubem, Margit, Astrid, Bertil e Gunvor.
Em Março de 1920, irmã Frida foi acometida de malária, sofrendo com terríveis ataques de febre. Durante dois meses e meio, a luta pela vida foi tamanha, a ponto do marido pedir que Deus a curasse ou a levasse para si. Nesse período, a igreja em Belém se colocou em oração e jejum, esperando de Deus um milagre, que ocorreu em 3 de Junho de 1920. Depois de seu restabelecimento, ela enfrentou o problema de saúde do marido. A partir do final daquele ano, Gunnar Vingren começou a sofrer de esgotamento físico, em consequência da dedicação exclusiva ao trabalho do Senhor, e pelas vezes que também contraiu malária. Por esse motivo, o casal decidiu passar um período na Suécia. O retorno ao Pará ocorreu em Fevereiro de 1923.
Depois de muitos anos no Pará, a família Vingren, nessa época com quatro filhos, decidiu ir para o Rio de Janeiro. A mesma vontade de ganhar almas para Cristo continuou e o casal alugou uma casa no bairro de São Cristóvão, na Zona Norte da cidade, onde inaugurou o primeiro salão de cultos da AD no Estado. Irmã Frida continuou desenvolvendo atividades evangelísticas e abrindo frentes de trabalho em muitos lugares. A obra social da igreja, bem como grupos de oração e de visitas, ficou sob a responsabilidade da missionária. O dom de ensinar podia ser visto nas classes de Escola Dominical.
Na abertura dos cultos, fazia a leitura bíblica inicial e, quando o marido se ausentava em visita ao campo, era irmã Frida quem o substituía pregando e dirigindo os trabalhos. Ela gostava de ministrar estudos bíblicos.
O desprendimento da missionária e sua forte atuação na obra de Deus, muitas vezes foi motivo de crítica por parte de alguns. Mas, mesmo assim, ela nunca se limitou a desempenhar a função que o Senhor havia colocado em seu coração. Foi dirigente oficial dos cultos realizados aos domingos na Casa de Detenção no Rio e, pela facilidade que tinha para se expressar, pregava em todos os pontos de pregação da AD no Rio de Janeiro, em praças e jardins. Os cultos ao ar-livre promovidos no Largo da Lapa, na Praça da Bandeira, na Praça Onze e na Estação Central eram dirigidos pela irmã Frida.
Pela facilidade que tinha com a palavra escrita, Frida destacou-se entre os mais importantes colaboradores dos jornais Boa Semente, O Som Alegre e Mensageiro da Paz (que substituiu os dois primeiros a partir de 1930). Ela escrevia e traduzia mensagens evangelísticas, doutrinárias e de exortação. Foi também comentarista das Lições Bíblicas de Escola Dominical na década de 30. Além de escrever, Frida sempre se dedicou à música. Cantava, tocava órgão, violão e compunha hinos de grande valor espiritual. A Harpa Cristã contém cerca de 23 hinos de sua autoria, entre eles Deixai entrar o Espírito de Deus (n° 85) e Uma flor gloriosa (n° 196).

Depois de quinze anos dedicados ao nosso país, e de muito sofrimento por amor à Obra, a família Vingren decidiu retornar à Suécia em Setembro de 1932. Dias antes da partida, a filha Gunvor faleceu, vítima de uma infecção na laringe. Frida faleceu em 30 de Setembro de 1940, sete anos após o falecimento do marido.
Muitas vezes mal compreendida, questionada e criticada, Frida tinha certeza do seu chamado. Sua única convicção era de que o Senhor Jesus a acompanhava em todos os momentos de sofrimento e luta.
Ela entrou para a História como um dos maiores nomes do Movimento Pentecostal no Brasil.

FONTE: Jornal "Mensageiro da Paz", n°1.453, Junho 2006, CPAD.